Poker Blog do Especulador

Meu humilde e tosco fuckin' donk blog.

Clube do Poker

Thursday, December 14, 2006

Olympico - terça-feira passada



33 jogadores

Nem um maldito par. E sempre um agressivo do tipo “pago-qualquer-coisa-com-nada-porque-tem-rebuy” na mesa. 

Já capengando fui de all-in com A5off (ora, não foi o que me ferrou na Cobal?). Acontece que as blinds estavam 300/600 e meu all-in foi de 900. Como eu era o último a falar todos que haviam dado limp completaram. Flopou A5Q rainbow (e não é que bateu?). Check do primeiro, o segundo manda 600, o terceiro paga e o primeiro corre. Turn: Q. Check e um all-in de 800. O primeiro a falar corre e mostramos o jogo. Eu, com meus dois pares e o cara com sua trinca. Vai te f.... O river salvou todo mundo, exceto a mim. 



São Brita não veio comigo pro Rio. 



Nem vale a pena comentar o rebuy.



Viciado, eu???


Monkey Business


Minha mãe, apesar de minha idade e estado civil, continua tendo suas opiniões bastante levadas em consideração nas minhas decisões, mas, ultimamente, tem aloprado um pouquinho. Começou a dizer que estou viciado. Cumequié???



Eu jogo offline uma vez por semana, geralmente aos sábados. E online geralmente jogo em, em média, umas seis horas. Pô, isso é vício? E o pior: ela acabou contaminando minha mulher com a idéia.



Já expliquei que não jogaria poker se fosse um jogo de azar, assim como não jogo pif-paf, por exemplo e nem roleta. O único jogo de azar no qual ainda me arrisco é a Mega-Sena, vez ou outra.



Só que ao rolar $$$ as pessoas já viram a cara, preconceituosas, julgando sem conhecer.



O engraçado é que na fase boa, para minha mulher eu não sou viciado, mas quando perco e continuo jogando é porque tô viciando.



Só tenho um vício: Coca-Cola. Nisso sim sou viciado. Nunca consegui passar nem uma semana sem. Olha que eu bebo minha cerva regular e decentemente, mas já passei 6 meses sem beber nada alcóolico sem ficar babando ao ver um copo de chopp geladinho. Mas Coca-Cola é uma tentação mais forte que eu.



Jogo poker porque é desafiador, divertido, intrigante, pela adrenalina e também pelo lucro que tenho. Afinal, mais ganho que perco (monetariamente falando). Logo, ganho dinheiro me divertindo. Pena que ainda não sou jogador profissional, mas ainda tá em tempo. Agora, querer que eu desista do meu maior hobby por duas ou três derrotas? Só porque dia desses eu ia passando por um Restaurante J&J e pensei "Caramba, par de valetes... mãozinha perigosa...". Ora, o que eu perdi eu vou recuperar, eu vou recuperar, eu vou recuperar, eu vou recuperar, buóhohohohohohohohoh!



Aliás, tenho que desligar porque vou pruma mesinha com meus cachorros. huahuahuahua


Enquanto houver rebuy haverá abuso





Enquanto houver rebuy há abuso!


Mal tento me recuperar dos desastres na Cobal do Leblon e no Olympico (em Copacabana - fiz um manuscrito e depois postarei a experiência) e já me surge um torneio em Manaus, com buy-in de 100,00 e premiações até o 3º colocado... Caramba, ainda tô meio tiltado! hehehehe .



Porém observando meu desempenho no Rio (onde, aliás, ainda estou) percebi que joguei muito timidamente para a velocidade do jogo. Com 3000 em fichas, iniciando em 50/100 e aumentando a cada 20 minutos, ou você vai elevando seu montante ou vai morrer devorado pelos blinds. O problema é que minha timidez foi, em grande parte, motivado pelas cartas. O dealer me odiava muito, principalmente no Olympico. :D . Mas, além disso sempre tinha um "paga-tudo-enquanto-hover-rebuy" que me impedia de jogar mais solto.



Por isso acho bastante vantajoso o esquema realizado no nosso grupo, de 1 rebuy por pessoa e nada de add-ons. Quando limita-se o rebuy por tempo (tipo, na primeira hora), os caras com maior "fôlego financeiro" se prevalecem e abusam do poder econômico.



E aí, acuado pelos blinds você acaba fazendo a merda de anunciar all-in com Ks4s.



Mas, "tem dias em que a noite é foda mermão..."





Tuesday, December 12, 2006

Ô River!


Desastre na Cobal!



Calma... estou inteiro. Um pouco mais pobre, é verdade, mas inteiro.



Meus contatos resultantes de minha caça a jogadores de poker no Rio estavam lá, com exceção do Bruno Luna (que, inclusive, me respondeu o e-mail mas depois esqueceu de mandar local, data, buy-in...). Tutti buona gente, mas, tal como eu, tiveram uma noite foda (aquele tipo de "foda" com uma conotação ruim, do tipo, "cara, perder assim é foda!"). Primeiro o Fabiano, depois o Leo_Caetano.



Tive uma certa dificuldade em pegar algumas tradições locais que não observamos em MAO, mas depois de um tempo me acostumei.



Os all-ins rolam bastante por aqui, o que não é tão ruim. Isso aumenta o fator sorte em uns 20% (eu acho), mas para quem joga consciente aumentam as chances de dobrar.



Tive um início péssimo. Em todas as mãos que saí, fiz bem e em todas que entrei fiz mal. Não vinha nada! Já estava jogando com pessoas que não conhecia,o que dificulta bastante, nem para blefar me sentia à vontade. Britei 5 minutos antes de acabarem os re-buys. Antes britasse 5 minutos depois...



No rebuy comecei a me dar melhor. Havia um brother na mesa muito engraçado, conhecido como Paulista. Ele tem uma espécie de anti-estratégia. Tudo que as análises dizem para fazer em determinadas situações ele faz o contrário. Me lembrou do Oráculo do livro Praticamente Inofensiva (o quinto da sério O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams): O carinha pede do oráculo uma mulher fétida que vive em uma caverna comendo restos de animais, que lhe dê dicas para a vida e coisa assim; então ela lhe dá um cópia de sua biografia e diz: Tudo que eu fiz, faça o contrário ou vai acabar como eu. Ele deve ter visto muita gente que joga analisando vantagens de pot, probabilidades, etc., se dar mal, que resolveu seguir o caminho inverso. Pagava aumentos brutais com pares de 5 e ainda trincava. Putz! Como pode, né? Mas pode...Até que eu saí com AA e me senti à vontade para "azupiar". "Tudo", disse eu. Com um ar levemente irônico ele pergunta: "Quanto é esse teu tudo?". "2600". Nem preciso dizer que ele pagou. Mostramos o jogo. Ele tinha um par de 9, o que não seria condenável se ele não estivesse pondo em jogo mais de 3/4 das suas fichas. Os caras, que já riam de suas jogadas loucas, caíram na gargalhada e eu, morto de medo dele tricar (no river, ainda por cima). Ainda bem que não trincou.



Daí em diante minha sorte mudou. Tanto que me prejudicou. Peguei mais dois pares de AA na mão e ninguém mais pagou. Devia ter ido mais devagar, triplicado as blinds, mas não... na ânsia de ir pra mesa final, fiquei comendo pingos.



Até que surgiu o temível Bad Beat. Como Dealer, aumento de 600 para 2000. O UTG vai de all-in com 3100. Com meu KK como não pagaria??? Mostramos o jogo. Ele tem Ad5d. Como o cara vai de all-in tendo uma quantidade razoável de fichas. Se ainda estivesse capengando, pot commited. Mas não! Ele tava puto da vida e eu, com meus all-ins, desacreditado. Como dealer, fui mostrando rapidamente, até que... argh!!! Quase caio pra trás! Maldito river dos infernos!!! Desgraça!



Depois disso, surge outro all-in na mesa. Eu tenho cerca de 1500. As blins estão em 300/600. Dei uma de homem-bule (homem de pouca fé) e não paguei com JT suit. O dealer mostrou. O cara tinha 99 e na board saem dois T.



Pronto. Tiltei! Vem mais um JT, dessa vez off e outro all-in (!). Tiltado, paguei. Tiltado, perdi pra um KQ off, na carta maior.



Triste, né? Peguei meu táxi pra Copacabana um pouco com a sensação daquele carinha do fime "Lock, Stock and Two Smocking Barrels".



Mas percebi uma coisa... Temos um nível semelhante. Acho que o advento dos onlines acaba por manter todo mundo num nível meio parecido para os que se dedicam um pouco à coisa.



Agora falta eu entrar num torneio em São Paulo. Ouvi dizer que lá é que a coisa pega. Ramuvê!