Poker Blog do Especulador

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Clube do Poker

Monday, February 26, 2007

A Seita do Pano Verde



Como já falei anteriormente, reunimos uma galera e fomos neste Carnaval para Autazes (minha terra), numa espécie de retiro espiritual...



Bem, cada espírito uma sentença, não é mesmo? Portanto nossos espíritos se reuniram em torno de álcool (cerva e whisky), charutos, sol, água e, é claro, POKER. Mandei fazer uma mesa nos moldes daquelas que vemos na TV. Apesar de ter ficado um pouco menor que o padrão oficial, minha mesa ficou bacana pra caralho. Nos isolamos então na casa dos meus pais (em um local bem reservado) e regalamos nossas almas naquilo que mais nos felicita. Já no dia em que chegamos não resistindo a estrear a mesa e o local, fizemos um rápido torneio turbo, com buy-in mais 1 rebuy no qual sagrei-me um dos perdedores. Quem venceu foi o André. Nada mais justo para quem ia esquecendo de trazer a maleta com as fichas e, para evitar o pior, desembarcou da balsa e desembolsou 70 pilas em táxi para resgatá-las.



Depois daí não jogamos mais SGs. Os cash games dominaram a parada. No primeiro dia, uma grata surpresa (para mim). Minha esposa (sim, sou casado!), que quase nunca joga, aceitou o convite e surpreendeu a todos. Quase todo mundo foi à lona. A mulher tava com tudo... Quando resolvemos terminar, só quem acabo ITM fomos eu e ela. Ainda bem que acabei como chip leader, senão até agora estaria escutando gracejos...



No outro dia perdi um pouco da conquista da noite anterior e quem mandou na mesa dessa vez foi o Luiz (o Juneba) tirando o couro da galera.



E assim foi, entre altos e baixos eu ainda terminei no lucro. Só o que me entristeceu (nem tanto...) foi a ressaca moral das conseqüências de beber praticamente sozinho uma garrafa de Black Label. Putz...



Esse foi o pano de fundo de um marco nas nossas histórias. Em uma das muito proveitosas discussões, neste caso sobre fofocas fictícias de cidadezinhas bucólicas, estava eu a contar tudo que já havia sido dito a meu respeito em Autazes. Coisas pesadas, injustas e sem o menor fundamento. Uma dessas coisas é que eu seria satanista e me envolvia em rituais satânicos... Mó viagem... Então, brincando, disse que só o que falta agora é dizerem que sou um viciado em jogo. huahauhahuauha



Daí veio a alusão. Magia negra, mesa branca, tábua Ouija, a minha mesa de poker, todos nós bastante concentrados ao redor, o que não iam dizer? Claro, que sou mesmo membro de alguma seita pagã e tinha levado o resto dos membros para fazermos rituais em Autazes. Antes que mais uma fofoca fictícia rolasse, já demos a ela o selo da verdade: fundamos ali, em um momento singelo porém histórico, a Seita do Pano Verde. Adoramos uma entidade misteriosa, conhecida como "AA" e usamos linguagem simbólica, como all-in, mesa, big slick e palavras mágicas como flush, fullhouse, etc... Nossos rituais geralmente são realizados nos fins-de-semana na casa de um dos membros, sempre em torno de uma mesa cujo pano é... verde. Somos impiedosos e costumamos sacrificar os membros da seita, mas estes em geral se recuperam e em outras oportunidades nos sacrificam... Somos escrachados, chatos às vezes, polêmicos, mas civilizados. Pedimos como forma de dízimo uma contribuição a cada sessão, denominada buy-in que pode ser recompensada quase de imediato. Senão, você ainda tem a chance de fazer rebuys e ser agraciado com o pocket A ou, quem sabe, socorrido pelo nosso padroeiro São Brita. Temos várias Bíblias, entre elas o Harrington on Hold'em e Theory of Poker. E rezamos bastante para afastar os demônios 27off e, o pior de todos, o temível Bad Beat. Unam-se a nós!





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